segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Acabando com a barriguinha e outros........

Azeite de Oliva:
A última notícia sobre o óleo extraído da oliva merece comemoração:
ele evita o acúmulo da gordura visceral, passaporte para doenças
cardiovasculares e diabete. E, como se fosse pouco, combate a
osteoporose e inflamações, caso da gastrite

Basta um fio dourado do óleo da oliva para que aquela torrada dura e
seca ganhe textura macia e sabor especial.

Uma outra transformação ocorre no seu organismo, mais precisamente no
abdômen, quando você consome o azeite: ele impede o depósito de
gordura bem ali, na linha da cintura.

Parece um contra-senso, já que o alimento é dos mais calóricos ? cada
grama oferece cerca de 9 calorias. Mas a descoberta é séria: o sumo
das azeitonas evita mesmo a barriga indesejada.

Quem assina embaixo são cientistas de diversas universidades européias.

Juntos eles publicaram seu trabalho no periódico Diabetes Care, da
Associação Americana de Diabete, em que compararam exames de imagem de
voluntários, antes e depois do consumo do óleo.

E observaram que esse bom hábito diminuiu os depósitos de banha no
abdômen. Diga-se: o ideal seria que você consumisse duas colheres de
sopa por dia do ingrediente para obter seus benefícios.

No fundo, o mérito é todo da gordura monoinsaturada, que predomina no
azeite. Se ela já era festejada por varrer o colesterol ruim das
artérias, agora os médicos têm ainda mais motivo para cobri-la de
elogios.

Isso porque estão empenhados em acabar com as barrigas avantajadas e
não tem nada a ver com questões de beleza. A gordura visceral,
justamente aquela da cintura, produz substâncias que dificultam a ação
da insulina, o hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda a glicose a
entrar nas células.

Ou seja, barriga grande pode levar ao diabete do tipo 2, explica o
endocrinologista Márcio Mancini, presidente eleito da Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, Abeso.

O diabete, ao lado da pressão alta, do colesterol, dos triglicérides
alterados e, de novo, da tal barriga, é o componente básico de um mal
que mata ? a síndrome metabólica. O azeite, no entanto, ajuda a
quebrar esse círculo nefasto.

Muito, muito antes de se estabelecer qualquer relação do azeite com a
barriga antes até mesmo de se ter certeza de que barriga prejudicaria
o coração, cientistas já observavam que os maiores consumidores do
alimento estavam protegidos de males cardíacos.

Os povos do Mediterrâneo, que historicamente regam seus pratos com
esse óleo, parecem mais distantes da ameaça de infarto. Claro, é
preciso considerar que também se esbaldam em verduras, frutas e
peixes, outros guardiães dos vasos.

Nenhum desses alimentos, entretanto, compete com o azeite na
preferência de gregos, italianos e espanhóis.

'Muitos deles têm o hábito de tomar uma colher do óleo em jejum, conta
o bioquímico Jorge Mancini, professor da Universidade de São Paulo
(USP), que esteve na Espanha para pesquisar o assunto.

Para o nutrológo e cardiologista Daniel Magnoni, do Instituto de
Metabolismo e Nutrição, que fi ca na capital paulista, uma vantagem da
chamada dieta do Mediterrâneo é que a gordura monoinsaturada vinda da
oliva ocupa o espaço das temidas trans, presentes nas margarinas, e
das saturadas, que estão nas carnes vermelhas. Diferentemente da mono,
que faz as taxas do mau colesterol despencarem, a dupla tem relação
com a subida do LDL, diz.

VANTAGENS DO EXTRAVIRGEM

O efeito antibarriga, em tese, pode ser obtido com qualquer tipo de
azeite de oliva. Afinal, em matéria de teor de gordura monoinsaturada
? à qual se atribui essa ação ? eles praticamente empatam.

Já quando se fala em evitar as placas nas artérias, a bioquímica
Luciane Faine, que analisou o azeite na Universidade Estadual Paulista
de Botucatu, no interior de São Paulo, reforça as vantagens do tipo
extravirgem.

É que, no caso do efeito anticolesterol, é importante a presença de
moléculas antioxidantes. 'Na produção do extravirgem a pressão física
da oliva, que é feita sem adição de produtos químicos, preserva esses
compostos, diz ela.Segundo Lucian, os polifenóis do óleo extravirgem
se acumulam no plasma sanguíneo. Com isso, os radicais livres que
oxidariam o colesterol a ponto de ele estacionar nas paredes dos vasos
ficam praticamente fora de ação, conclui. E saiba: Todas as células do
corpo saem ganhando.

Um azeite legítimo não traz solventes ou substâncias químicas. Como
dizem os especialistas, ele é o suco da azeitona, pura e simplesmente.
O que muda é o sabor, a textura, a cor ou o aroma. 'Tudo isso vai
depender da variedade do fruto', diz a nutricionista e chef Maria
Luiza Ctenas, uma expert no assunto.

Assim como acontece com o vinho, que já formou legiões de enófilos,
hoje existem gourmets especializados em azeite que distinguem tipos de
azeitona e locais de plantio apenas pelo olfato e sabem qual tipo de
óleo combina com qual receita. São chamados pelos espanhóis de
catadores. Segundo Maria Luiza o conselho desses experts vale muito,
mas não dá para estabelecer regras. 'Cada um deve descobrir seu azeite
preferido', opina.

CADA GORDURA, UMA CINTURA

O azeite ajuda a combater a barriga. Já a gordura encontrada em certas
margarinas.. .

MONOINSATURADA

É como se esse ácido graxo, ou partícula de gordura, reorganizasse os
depósitos de gordura, impedindo que inchem as células adiposas entre
os órgãos do abdômen. Isso já foi observado, embora por enquanto
ninguém conheça detalhes do mecanismo.

'Outra boa notícia é que a molécula monoinsaturada do azeite aumenta a
produção da adiponectina, uma substância capaz de combater inflamações
e as placas nas artérias', diz o cardiologista Heno Lopes, do
Instituto do Coração, o InCor, em São Paulo.

TRANS
Apesar de oferecer as mesmas 9 calorias por grama do azeite, a
famigerada trans parece inflar os adipócitos, que são as células
gordurosas, com maior facilidade do que qualquer outro óleo.

Existem evidências científicas de que não adianta tanto levar uma
dieta mais leve se os poucos lipídios que entram no cardápio são
trans. Além de favorecer a pança, esse tipinho provoca a resistência à
insulina, fazendo o pâncreas trabalhar dobrado ?um esforço extra que
pode desembocar no diabete tipo

2.

O QUE ESSE ÓLEO TEM

Mais da metade da composição do azeite é pura gordura monoinsaturada.
Ele contém, ainda, pitadas de ômega-3 e está cheio de substâncias
antioxidantes, com destaque para os polifenóis, que, além de conferir
aquele aroma característico, beneficiam nossas artérias.

Vale ressaltar ainda a boa concentração de vitamina E, nutriente que
afasta o risco de tumores.

Muito além do coração:

O azeite é apelidado pelos mediterrâneos, merecidamente, aliás, de
'ouro líquido'.

NO ESTÔMAGO
Pesquisadores da Universidade de Valme, na Espanha, observaram que o
óleo de oliva contém substâncias com efeito bactericida, capazes de
combater a Helicobacter pylori, microorganismo por trás da gastrite.

O achado foi publicado recentemente no Journal of Agricultural and
Food Chemistry, um importante periódico científico americano.

ABAIXO A DOR
Cientistas do Instituto Monell, nos Estados Unidos, encontraram no
azeite uma molécula que inibe a atividade de enzimas envolvidas em
inflamações. É o oleocanthal, um composto de ação idêntica à de
analgésicos e que, portanto, é infalível contra as dores. Então, é
provável que o consumo regular ofereça alívio para os que sofrem de
dores crônicas.

PARA OS OSSOS
Ele também ajudaria a afastar a osteoporose. Pesquisadores da
Universidade de Jáen, na Espanha, notaram que o consumo de azeite está
associado à menor incidência de fraturas. Embora o efeito tenha sido
demonstrado em um grupo de 334 voluntários, falta elucidar o porquê.

CONTRA TUMORES

Um trabalho publicado há pouco na revista da Sociedade Européia de
Oncologia mostra que a gordura monoinsaturada do óleo de oliva diminui
o risco do câncer de cólon. Pesquisas anteriores já apontaram a ação
preventiva em outros tumores, como o de mama.

CAMPEÕES DO AZEITE

Graças ao clima, os países europeus que estão na bacia do Mediterrâneo
são os maiores produtores do mundo. A Espanha detém 32% da produção, a
Itália 26%, a Grécia 16,5% e Portugal 2%*.

EM DEFESA DO PEITO

Este era o efeito, até então, mais badalado do azeite. Entenda por que
a sua fórmula é perfeita para poupar as artérias de estragos.

1- o consumo habitual do óleo de oliva auxilia na redução dos níveis
de LDL, a fração ruim do colesterol.

E, quanto menor o teor de LDL, menores são as chances de sobrarem
moléculas dessa gordura na circulação. Sem contar que os ingredientes
do azeite contribuem para o aumento do HDL, uma partícula que carrega
o colesterol para longe das artérias.

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